Cada vez mais, a leitura de ficção deixa de ser vista como um mero passatempo.  O ato de ler obras de ficção demonstrou melhorar a empatia e a compreensão social dos indivíduos, inclusive em estudos baseados em imagiologia cerebral.

Verificou-se, por exemplo, que a leitura de Harry Potter pode permitir uma redução dos preconceitos (1). Numa tendência crescente de investigação sobre narrativa (2) verificou-se que o envolvimento com a ficção é fundamentalmente útil para nos permitir compreendermo-nos uns aos outros como seres humanos.

Paralelamente, um programa efetuado em 2010 “Get into Reading” que pretendeu usar a leitura como terapia (3) demonstrou que os pacientes que sofriam de depressão mostraram melhorias em termos de: bem-estar social, aumentando a confiança pessoal; bem-estar mental, melhorando os poderes de concentração e fomentando o interesse por novas aprendizagens; assim como bem-estar emocional e psicológico.

Num mundo cada vez mais polarizado pelas redes sociais, ler ficção torna-se num ato revolucionário de empatia.

Bibliografia: 

(1) Vezzali, L. et al. (2015) The greatest magic of Harry Potter: reducing prejudice

(2) Bruner, J. (1986) Actual Minds, Possible Worlds, Harvard University Press

(3) Josie Billington. Jude Robinson. Andrew Hamer. 2010. An investigation into the therapeutic benefits of reading in relation to depression and well-being. University of Liverpool – Liverpool Health Inequalities Research